terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pimentel!


           O ministro da vez é o Pimentel. Não me cabe dizer se ele é ou não, corrupto. Entretanto posso dizer que vi com estranheza ele dizer que a empresa de consultoria de sua propriedade faturou sim dois milhões de reais em dois anos de atividades. Disse ainda que descontados os impostos, sobrara-lhe pouco mais de um milhão e trezentos mil reais. Até aí, tudo bem. Deu seu preço, prestou o serviço, emitiu a nota fiscal, pagou os impostos. Acho que o que se discute numa consultoria é semelhante ao que se fala num consultório médico, não há lei que abra esse sigilo. Ninguém é obrigado a descrever em minúcias tudo que falou e ouviu do consultor que cobrou caro pelo serviço. Nem o consultor tem como proibir que a empresa que lhe contratou sirva ao poder público. Muito menos ele deve ser previamente considerado culpado por algo inidôneo que tal empresa venha a fazer.
          Contudo, uma dúvida surgiu na minha cabeça: um milhão e trezentos mil reais, em dois anos dão quase cinqüenta mil livres reais por mês. Morando em Belo Horizonte, comendo pão de queijo e proseando no Mercado Central todo dia. O cara, de repente, fecha essa mina de ouro para ganhar pouco mais de vinte e seis mil brutos por mês, como Ministro, em Brasília, assumindo uma responsabilidade muito maior, tendo que morar longe e viajar constantemente. Vinte e seis mil brutos valem pouco menos vinte mil livres por mês. O cara abriu mão de quase trinta mil por mês por puro sentimento de cidadania, para servir a população. Vocês hão de convir comigo que é muito estranho.
          Não entendo também como pode um homem probo, idôneo, honesto aceitar ver seu nome colocado em dúvida na televisão e não se dignar a exigir respeito e reparação. Se ele é convocado a ir ao Congresso dar explicações, não é extremamente importante que vá? E, lá estando, não deve ele exigir provas do Ilícito de que lhe acusam? Não deve, por acaso, uma pessoa de bem, colocar seu conceito acima de qualquer valor? Não deve ele buscar juridicamente reparação do meio de comunicação que lhe acusa?
          Não acho que os políticos da oposição sejam mais dignos de crédito que o Senhor Fernando Pimentel, penso que basta procurar com afinco, que qualquer um acha muita coisa questionável na conduta deles. Na política do Brasil hoje, ninguém é merecedor do meu aval, nenhum político nem nenhum partido. Para mim, não passam de interesseiros que deixam a sociedade, razão da existência da política, sempre em segundo plano.
         Não aceito definitivamente que desrespeitem meu nome. Qualquer pessoa, com qualquer autoridade, que disser em público que sou desonesto, vai me ouvir de dedo em riste que exigir reparação. Isso é fato!

Paulo César Pacheco!

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