domingo, 8 de maio de 2011

Mãe!

                                                              Dia das Mães!
        Hoje vou usar esse espaço de forma diferente da que faço normalmente. Não ou criticar a falta de cidadania das pessoas, a pseudo-reforma política, os assessores dos vereadores, o pronto socorro, o lixo nas ruas, a ponte que caiu, a inflação, o cartel dos postos de gasolina de Formiga, o baixo nível cultural dos nossos alunos ou a liberdade de imprensa. Hoje, gostaria de usar esse espaço para homenagear a pessoa mais importante que conheço: minha mãe, Dona Olívia Rosa Pacheco. E, por extensão, homenagear a todas as mães.
       Ao invés do artigo, publico então a poesia que fiz para o sexto livro da Academia Formiguense de Letras:

D. Olívia, Mãe!
Lindos cabelos brancos que já foram negros.
O corpo arqueado pela idade, já foi forte.
Mãe, coragem, disposição, carinho.
Mãe que vi assumir árdua luta,
Sem nem ao menos ler direito.
Vi cuidar de cinco filhos,
Casa simples, empréstimo bancário.
O chapéu do pai pendurado na parede.
As telhas que nem sempre continham a chuva.
Beliches simples, arroz e feijão no almoço.
O jardim sempre cuidado, os canteiros.
A reza com os vizinhos!
Para ganhar o dinheiro da intera,
Vi lavar roupa, muita roupa,
Vi matar frangos, muitos frangos,
Vi fazer assados, muitos assados.
Colocou os filhos para trabalhar,
Ensinou, mostrou, cobrou.
Fez carinho, muito carinho!
Talvez carinho, fosse esquentar uma janta,
Levou os filhos para a igreja.
Cobrou que fossem para a escola.
Benzeu, consagrou, rezou.
Lutou com as armas que teve,
Sorrisos, choros, rezas, novenas, promessas.
Chora, sempre chorou por qualquer coisa.
Ri alto, fala alto, abraça muito!
O tempo passou,
Comemorou cada conquista,
Abraçou cada neto, mimou-os.
Um trocado de presente de Natal,
A ceia com pernil assado,
Frutas enfeitando a mesa.
Brincou de vidrinho com a Amanda,
Cada vidro de perfume antigo, um personagem.
Pura fantasia, puro amor materno!
Ah, mãe, seus cabelos brancos e ralos são lindos!
Seu andar cambaleante é maravilhoso!
Foi luz, foi caminho, foi farol.
É luz, é caminho, é farol!
Tive berço, tenho Mãe!!

Paulo César Pacheco.

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