Nas Ondas!
Não consigo mais surfar na onda do som...
A pedra que arrasto, é por demais, pesada...
A pedra, de onde salto, é por demais, alta...
Saltando, não alcanço as ondas...
O som é descontinuado...
A luz é tênue, é frágil...
Não vence o vento, nem o som...
A luz se perde da altura das pedras...
Na prancha, que é lisa...
Carrego o peso da pedra que arrastei...
E caio!
De uma imensidão de altura alucinada...
Pontas de raízes passando durante a queda...
Na frente dos olhos do poeta que cai...
E a água da chuva, que o som faz vibrar...
E o soluço de choro da morena faz acordar...
Acordar no meio da queda, que não se acaba...
O toque da mão dela, traz de volta a realidade...
A cama macia...
Sem pedras cortantes, pesadas...
Sem saltos, sem surf, sem som...
E a luz ainda é tênue, é frágil!!!
Imenso abraço, Paulo César Pacheco, 14-02-15!